Despoluição do Rio Ipojuca é analisada na Comissão de Meio Ambiente

Em 16/08/2017
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A situação do Rio Ipojuca, considerado o terceiro mais poluído do Brasil, foi discutida, nessa quarta, pela Comissão de Meio Ambiente. O colegiado recebeu a diretoria da SOS Rio Ipojuca, entidade fundada no ano passado em Caruaru, no Agreste Central. O presidente da associação, Henrique Andrade, apresentou propostas como a recomposição da mata ciliar em um trecho de um quilômetro do manancial. “Que fica no Parque São Francisco, lá em Caruaru, então isso aí já é um projeto que a gente está concluindo para apresentação à Compesa, para ver se a gente tem condições de colocar em prática.”

A organização alertou que ocupações irregulares às margens do rio fazem com que a maior parte do esgoto produzido em Caruaru seja despejado no manancial. O assessor da Diretoria de Articulação e Meio Ambiente da Compesa, Waldecy Farias, cobrou a responsabilidade das prefeituras na ordenação do uso e ocupação do solo. “Então há instalações urbanas das formas mais diferenciadas e em qualquer lugar. Então, o que ocorre é que é preciso ter um trabalho de conscientização e sobretudo de solicitação de permissão às pessoas para que a rede possa passar junto às suas casas.”  Ainda segundo Waldecy, Pernambuco tem hoje o projeto mais arrojado do País de recuperação de bacias hidrográficas, no sentido de minimizar os impactos do saneamento.

A deputada Laura Gomes, do PSB, afirmou que iniciativas como a SOS Ipojuca merecem o apoio do poder público para que a despoluição ocorra o mais rápido possível. “Estamos fora do tempo e é preciso realmente a gente acelerar, que as ações cheguem à população. A gente tem um compromisso com a associação SOS Rio Ipojuca, que está fortalecendo cada vez mais o trabalho que a Compesa está realizando junto com o Governo do Estado e a Comissão também, da Alepe, de Meio Ambiente.”

Para o presidente do colegiado, deputado Zé Maurício, do PP, a solução não pode vir apenas do poder público, e demanda ações de longo prazo. Ele anunciou que a Comissão pode realizar audiência pública sobre o tema em Caruaru.